quarta-feira, 18 de maio de 2011

Davi Silva está de volta. Por "carta de Asaph Borba."

DAVI SILVA ESTA DE VOLTA... VEJA CARTA DE DEFESA DE ASAPH BORBA.

davi silva ate o fim

Davi Silva reaparece para o Brasil com um novo momento em sua vida cristã, após o grande escândalo de sua saída do ministério Casa de Davi, após assumir e se arrepender do pecado da mentira, mas uma coisa ainda esta faltando, dizer onde ele mentiu, qual é os testemunho roubado de um outro irmão? Que testemunhos são verdades e mentiras?

Por Favor, é importante que seja cumprido a palavra do mesmo Davi em divulgar as mentiras que ele mesmo plantou no seio da Igreja tanto em vídeo como em texto. Sei que não é fácil, e foi honraso a atitude de se denúnciar diante o mundo, mas já que se abriu e colocou a cara a tapa é o hora de terminar e trazer cura para Igreja, porque dizer que mentiu fica vago demais e dificil de se acreditar neste novo caminhar mesmo outros de peso no meu evangélico dizendo que ele esta restaurado como abaixo na Carta de Asapha Borba.
Para quem ainda não sabe ou não leu sobre sua saída da Casa de Davi, click aqui.
Quanto aos vídeos eles estão bloqueados e fica a dúvida e a pergunta, porque? Já procurei o mesmo desbloqueado para públicar e dar direito a você crente em Cristo Jesus que foi ministrado e comprou seus trabalhos para entender o que houve e o que precisa ser feito no seu total.

Confessar para seus novos líderes é uma coisa, mas novamente digo já que confessou publicamente merecemos o total destas mentiras para que nós, a Igreja possamos perdoar de verdade e orar para que não caias novamene nas tentações, porque ela voltaram.


Carta no blog de Asapha Borba

Prezados Irmãos Em Cristo

"acima de tudo porém esteja o amor que é o vínculo da perfeição" Colossensses 3:14

Há 12 meses atrás fui procurado pelo irmão Davi Silva, que conheço desde 1989, e de quem tenho sido conselheiro em várias estações de sua vida.


Nessa ocasião ele me contou sua história recente de como tinha dado lugar ao inimigo e deixou-se macular por engano e mentira aumentando e inventando testemunhos, agindo assim fora da vontade de Deus, ferindo o corpo de Cristo, e maculando seu ministério.


Desde então, gradativamente, fui aconselhando e apascentando seu coração no sentido de submeter-se à disciplina que seu antigo líder havia imposto de afastar-se do ministério até, pelo menos, no final do ano.


Pouco tempo depois Davi me falou de que precisaria sair daquele ministério pois além de ter que buscar o seu sustento, já que não mais viajaria e venderia seus discos, e o que ganhava lhe havia sido cortado, havia também divergências com a visão. Sabia que ali não seria pastoreado como ele e sua família precisariam, nesta época tão difícil de suas vidas. Depois que me colocou suas razões, a principal no meu entender, e também mais relevante era a ausência de uma Igreja local aonde ele e sua família poderiam estar congregando e sendo curados por Deus.


Pouco tempo depois falei com o líder daquele ministério antes de uma viagem que este faria por um longo tempo, e ele concordou com o fato de eu estar participando do processo, comprovou de que havia orado e abençoado Davi quando este se desligou.


Acompanhei também as negociações do Davi quanto ao seu desligamento da empresa e ministério da qual ele abriu mão de tudo, deixando para trás coisas até legítimas como seus direitos autorais, e suas matrizes pessoais. Meu conselho foi sempre visando resguardar e restituir os irmãos com quem Davi andava que foram também feridos por seu pecado.


No decorrer desse tempo Davi esteve conosco em Porto Alegre aonde pode ouvir com clareza sobre o propósito Eterno de Deus, e a centralidade de Cristo, esteve em nossa casa e em nosso retiro ministerial aonde ficou quieto ouvindo a voz de Deus em humildade e sendo ministrado pelos líderes pastorais da Igreja em Porto Alegre. Todo o processo foi acompanhado por meu pastor Moisés Cavalheiro de Moraes e por meu colega de ministério Jan Gottfridsson a quem narrei os fatos e o andamento com Davi e sua família.


Quase todos os meses passei por Londrina e algumas vezes com Rosana, minha esposa, estivemos ministrando à vida de nosso irmão. Recomendei também ao Davi que estivesse procurando líderes locais para oração e conselho o que ele fez prontamente. Por outro lado estivemos participando junto com alguns irmãos de ofertas de amor que foram sendo estendidas ao Davi para ajudar em seu sustento, pois cada mês que passava a situação ficava mais difícil nesta área, mas mesmo assim manteve-se firme no propósito de restaurar a sua vida e ministério. Neste período vários irmãos participaram também no conselho, no apoio e amor, alguns por telefone e outros em visitas pessoais. Constantemente eu participava cada passo aos meus irmãos de aliança ministerial, Adhemar de Campos, Gerson Ortega, Daniel de Souza, Fernandinho e Sóstenes Mendes. Todos eram unânimes na continuidade da disciplina mas anteviam com expectativa a restauração.


Davi começou também a congregar na Igreja Bola de Neve próxima de sua casa aonde sua filha já costumava congregar e atualmente seus filhos participam do grupo de louvor, cujo pastor Diogo Zampiri Rojas, mostrou amor acolhendo nosso irmão e sua família e passou acompanhá-lo de perto e pastoreá-lo em sua congregação.


Em Janeiro de 2011, Rosana e eu marcamos de estar na casa do Davi em Londrina para os últimos passos desse processo. Ao estarmos lá passamos então checar todos os pontos que cremos promovem a restauração de alguém que caiu, e para nossa alegria o querido Davi poderia então recomeçar sua caminhada de volta. Falei pessoalmente com vários irmãos além dos que aqui já citei, tive também uma longa conversa com Adhemar e sua esposa Aurora que foram unânimes em que o processo de liberação poderia começar desde que com alguns cuidados. Falei por telefone com o Pastor Diogo e este deu bom testemunho e me confirmou que concorda com a inteira liberação de nosso irmão.


Os passos Bíblicos para restauração a que me refiro são:


1 - Arrependimento - Desde o princípio, pude ver que além de uma profunda vergonha Davi estava arrependido de seu pecado e tinha disposição de fazer o que estivesse ao seu alcance para restaurar-se. O fruto bíblico do arrependimento é a mudança de atitude, o que para Davi envolveria rever sua visão, suas profecias, sonhos, revelações e manifestações, o que lhe foi confrontado por mim e Rosana e acatado em seu coração.


2 - Confissão - Além de ter declarado publicamente que mentiu, e ter confessado especificamente e detalhadamente ao seu ministério, família e a nós, Davi não encobriu o seu pecado e confessou também ao Senhor.


3 - Perdão - Além de confessar Davi pediu perdão a Deus, e aos seus irmãos, e até hoje o faz quando necessário, e recebeu o perdão de todos.


4 - Restituição - Restituiu à sua família com sua atitude de busca profunda por restauração. Restituiu à Igreja com humilhação. Restituiu aos seus antigos líderes entregando-lhes sua parte nas matrizes, produções, estúdio, empresa e ministério, assim como todo o patrimônio de estoque de discos, que era o que tinha para entregar.

Quanto à minha posição pessoal, só estou nesse processo por ter encontrado este irmão caído à beira do caminho e vi que poderia ser restaurado se pastoreado e direcionado corretamente. Vi os fatos sem partidarismos ouvindo e orando por ambas as partes. Acompanhei o Davi com amor, zelando por sua integridade pessoal e pela unidade de sua família, sem de forma alguma macular o ministério de onde ele saiu.


Por fim, coloquei alguns critérios para a continuidade de seu ministério. Primeiramente a necessidade de uma supervisão que estarei fazendo pessoalmente. Também pedi ao Davi que neste primeiro período estivesse mandando para mim suas ministrações e seus novos cânticos, para que eu possa junto com outros irmãos continuar zelando pela verdade da visão e fatos, testemunhos e tudo mais que Deus lhe der, para que assim possa estar vivendo a verdade em verdade, e além de tudo, possa enfim ter vínculos profundos com a Igreja onde congrega e possa crescer e fazer discípulos de acordo com o propósito de Deus.


Creio que esta estação da vida de nosso amado Davi dará muitos frutos que trarão alegrias a todos nós.


Recomendo a todos os meus irmãos, que dêem uma nova oportunidade para que o Davi possa continuar a ser útil na edificação do reino de Deus, e continue servindo o corpo de Cristo de forma sadia e FIEL.

No amor do P
ai
Asaph Borba

sábado, 16 de abril de 2011

A história de Castelo Forte

A história de “Castelo Forte” | The story of “A mighty fortress is our God”

“Castelo Forte”

Letra e Música: Martinho Lutero (1483-1546)

Em Abril de 1521, Martinho Lutero declarou diante o tribunal de Worms: “Não posso fazer de outro modo. Mantenho o que escrevi. Que Deus me ajude.” Suas Noventa e Cinco Teses afixadas à porta da igreja em Winttenburg em 31 de outubro de 1517 iniciaram a maior revolução na história da Igreja Cristã: a Reforma Protestante.

Pregara e publicara com ousadia sobre os abusos, erros e pecados da igreja romana. Por estas e outras razões o Papa e outros líderes da igreja Católica queriam a sua morte. Lutero continuou vivo porque seu amigo, o Eleitor da Saxônia, Frederico Sábio, instrumento nas mãos de Deus, o manteve no seu castelo de Wartburg.

Outros reformadores antecederam Lutero. João Huss e seus seguidores, morávios sem número, muitos anabatistas, valdenses e lombardos pagaram o preço máximo por sua fé. Mas Deus salvou a vida de Lutero para que traduzisse a Bíblia do hebraico e grego para a língua alemã. Esta obra levou treze anos!

Em Wartburg, também pode preparar outros meios para seu povo poder ser salvo em Cristo. Precisavam de cultos em alemão para sua compreensão. Precisavam cantar a sua fé e louvar a Deus na sua própria língua. Como muitos do seu povo, Lutero, a quem Hans Sachs chamou de “O Rouxinol de Winttenberg”, amava muito a música. Tocava o alaúde e a flauta com perfeição. Os hinos de João Huss e seus seguidores foram traduzidos para o alemão.

Sem dúvida, Lutero possuíra o hinário dos morávios, Ein Neu Gesengbuchlein, editado por Michael Weiss, em 1531. Presenciara o martírio dos anabatistas. Ouvira sues poderosos hinos ao seu Pai e Salvador. Cria, como eles, que o cântico do culto não devia ser dado somente ao clero, mas pertencia também à congregação. Para esse fim, precisavam de coletâneas de hinos congregacionais e corais no seu próprio idioma.

Lutero escreveu em 1524: Desejava, seguindo o exemplo dos profetas e anciãos da igreja, dar salmos alemães ao povo, quer dizer, hinos sacros, para que a palavra de Deus pudesse habitar entre o povo por meio do canto também. Para isso, procurou outros músicos idôneos para se unirem a ele para providenciar esses hinos congregacionais.

Com o mui hábil músico Johann Walther, em 1524, publicou o primeiro de muitos hinários: Geistlich Gesang Buchlein. No prefácio deste hinário, Lutero escreveu:

“Que o cantar de cânticos espirituais é uma coisa boa e agradável a Deus, creio eu, não é escondido de qualquer irmão… [Isto] tem sido conhecido por todos e pela cristandade universal desde o começo. Pois São Paulo também afirma isto em I Coríntios 14, e ordena aos Colossenses que cantem salmos e cânticos espirituais ao Senhor nos seus corações, para que a Palavra de Deus e o ensino de Cristo sejam assim espalhados por toda a terra e praticados de toda a maneira. Assim, como um bom começo e para encorajar aqueles que possam fazer melhor, eu e outros temos ajuntado certos cânticos espirituais com o intuito de espalhar e dinamizar o Santo Evangelho que agora, pela graça de Deus, emergiu de novo para que possamos nos gloriar, que Cristo é a nossa Fortaleza e Cântico, e que não conheçamos outra coisa para cantar ou dizer senão Jesus Cristo nosso Salvador, como Paulo diz em I Coríntios 2.”

Para este hinário, Lutero empregou muitos hinos e salmos existentes. Adaptou músicas das missas, para que expressassem fé Bíblica. Aproveitou das melodias folclóricas do seu povo, com requisito que fossem apropriadas para cultuar a Deus e que não tivessem associados com letras lascivas.

Lutero disse “Não pretendo deixar para o Diabo as melhores melodias!” Seu bom gosto, sua musicalidade, seu estudo cuidadoso da Palavra e a sua fé lhe deram idoneidade na escolha da música apropriada para o culto. Calvino, porém, ensinou que a música do culto devia se limitar aos Salmos. Outros extremistas diziam que a música, que criam ser de Satanás, não devia ser usada nos cultos de forma nenhuma. Para esses, Lutero replicou:

“Não sou da opinião de que, pelo evangelho, todas as artes devessem ser banidas e lançados fora, como alguns fanáticos querem que creiamos. Quero ver todas as artes, principalmente a música, no serviço daquele que as criou e no-las deu. A música é a bela e gloriosa dádiva de Deus… A música transforma os homens em pessoas mais gentis, mais auto-controladas e mais razoáveis.”

De grandes ameaças e sofrimentos nascem os nossos melhores hinos. O primeiro hino de Lutero, consagrado a dois frades martirizados, intitulou-se O Cântico dos Dois Mártires de Cristo em Bruxelas, Queimados pelos Sofistas de Louvain. Seu hino inigualável, Castelo Forte, foi escrito “na hora mais escura na história deste movimento”.

Perseguições da parte do Imperador Carlos V ameaçavam a existência dos chamados “Protestantes”. Lutero mesmo sofria ameaças de morte à toda hora. Sofria fisicamente, também. Quando foi acometido pela “praga” que ceifou muitos dos seus irmãos na fé, deu as suas despedidas à sua família. De novo, Céus tinha outro plano para Martinho Lutero.

Este hino, escrito em 1529, em Coburg, foi o chamado à batalha de Lutero. James Moffatt chamou-o de “o maior hino, do maior homem, do maior período da história da Alemanha”. Foi cantando com emoção e sinceridade ao longo desses quase quatro séculos, em milhares de línguas. Define até onde podemos confiar em nosso Castelo Forte, nosso Escudo e Boa Espada. Mostra, também , quem é o nosso inimigo;o Tentador, com seus demônios, contra os quais em nós mesmos não há força para resistirmos. Mas, Cristo o venceu na cruz. Quem nos defende é o Senhor dos altos céus, o próprio Deus. O grande acusador cairá com UMA SÓ PALAVRA!

John Julian, no seu Dicionário de Hinologia declara: “Lutero é o Ambrósio da hinódia alemã. Ele é o primeiro hinista evangélico. A Lutero pertence o mérito extraordinário de ter dado ao povo germânico no seu próprio idioma, a Bíblia, a Catequese e o hinário, para que Deus pudesse falar com eles diretamente pela sua palavra e que eles pudessem responder a Ele nos seus cânticos!”

Seus hinos são caracterizados por simplicidade e força, e um tom considerado ‘tom da igreja’ pelo povo comum. Sopram o espírito de ousadia, confiança, com a alegre fé dos justificados, que era o coração que batia na sua teologia e piedade. Ele tinha a extraordinária habilidade de expressar profundos pensamentos em palavras bem claras. Nesta característica ninguém o sobrepujou. Esse foi o segredo do seu poder. Ele nunca deixou a o leitor uma dúvida quanto a o que ele quis dizer. Entregou a verdade bem no coração do povo comum. Como o afamado Ruy Barbosa, sempre usou a palavra certa no lugar certo. Ele nunca perderá seu domínio sobre o povo da fala germânica.

Seus hinos, além da Bíblia alemã provaram ser os missionários mais eficazes das doutrinas e piedade evangélicas. Lutero ainda precisando de novos salmos e hinos, escreveu para Spalatinem 1523:

“É meu plano… escrever salmos no vernáculo para o povo… Procuramos em todos os lugares por poetas… Mas desejo que expressões “da moda e da Corte” sejam evitadas e que as palavras possam todas ser muito simples e comuns para que o povo comum possa compreender, entretanto manejadas com arte e pureza”.

Um artigo em 1935 do jornal O Estado de São Paulo sobre o assunto musical, dizia o seguinte: “Cabe a Martinho Lutero realmente a celebridade de popularizar o Lied eclesiástico. Ele, o fixador da língua alemã… não se contentou em traduzir a Bíblia para o alemão, mas utilizou-se da musicalidade alemã acordada pelos Mestres Cantores e fez cantar em alemão na sua igreja os salmos e outros textos litúrgicos. Ele mesmo atuou como compositor e em 1524 aparecia em Choralbuch, cujas melodias em grande parte são obra de Lutero. A simplicidade, a interioridade de sues Lieder religiosos são incomparáveis. Muitos outros de seus Lieder… são cantados ainda hoje”.

Lutero “havia dado mais do que nenhum outro dera jamais ao seu povo – a língua, a Bíblia, a hinologia. “, escreveu Bill Ichter, no primeiro volume da revista Louvor, em 1980.

Este hino conhecido como “A Marselhesa da Reforma”, conserva até hoje o seu poder e poderíamos usá-lo ainda em outro conflito semelhante. . . Há pelo menos 53 traduções em inglês, merecendo todos os destaques no Dicionário de Hinologia de John Julian… “Sua melodia, de acordo com McCutchan, é excelente em todos os sentidos. É empolgante e tem dignidade, unidade e autoridade raramente igualadas”.

Basta dizer que são muitos os compositores que têm usado trechos desta melodia em suas obras. Ente eles, podemos citar J. S. Bach, Wagner, Mendelssohn, e Meyerbeer. Julian registra nove principais hinários que Lutero publicou para as igrejas alemãs. Sua lista também inclui onze traduções do latim, quatro hinos populares da Pré –Reforma revisados por Lutero, sete Versões dos Salmos, seis paráfrases de outras porções das Escrituras, bom como oito hinos basicamente originais, além de algumas músicas corais adaptadas de textos católicos – o total de tinta e oito. Este autor descobriu trinta e dois hinos de Lutero em hinários brasileiros. Naturalmente, devem existir mais.

estava triunfante o movimento da Reforma Religiosa na Europa. Iniciado por Martinho Lutero e coadjuvado por Melanchton (um leigo-teólogo), Calvino, Zwinglio, Huss, Farel e outros, tomou logo conta de todos os países; mas no ano de 1523, em Bruxelas, dois jovens, cujo único crime fora a sua profissão de fé na nova doutrina, foram queimados. Em honra a esses dois mártires, Lutero escreveu e compôs a música do seu primeiro hino: Castelo forte é nosso Deus, o qual é uma paráfrase do Salmo 46:

1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
2 Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares;
3 ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.

Martinho Lutero (1483-1546) é conhecido como o Apóstolo da Reforma. Foi também o pai do canto congregacional, pois antes disso a congregação não tinha o costume de cantar hinos. Os poucos hinos que havia eram cantados em latim, somente pelos oficiais da igreja. Foi ele que introduziu o cântico por toda a congregação!

Mas, o hino em foco foi considerado como a “Marselhesa da Reforma”, pois todos os cristãos da Reforma cantavam-no com o mesmo entusiasmo dos patriotas da França. De facto, sendo a letra e a música de Lutero, este cantico espalhou-se por toda a Terra e tornou-se o hino oficial da Alemanha Protestante.

Era cantado diariamente por Lutero e por seus companheiros. Até os inimigos da Reforma diziam: “O povo inteiro está cantando uma nova doutrina”.

Assim, este hino cooperou muito no desenvolvimento da Igreja cristã naqueles dias. Foi tão grande a repercussão deste hino que homens ilustres, artistas e músicos de fama usaram-no nos seus temas: o exército de Gustavo Adolfo cantou-o antes da Batalha de Leipzig, em Setembro de 1631; Meyerbeer usou-o como tema de sua ópera de fundo religioso, “Os Huguenotes”; Mendelsohn usou-o na sua “Sinfonia da Reforma”; Wagner utilizou-o em “Kaiser-Marsch” e J. S. Bach também o usou numa de suas cantatas sacras.

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Bibliografia: Julian, John, A Dictionary of Hymnology, Revised Edition, Vol. 1, New York, N. Y. , Dover Publications, 1957, p. 704-705.

Ein’ feste Burg ist unser Gott

Ein’ feste Burg ist unser Gott,
Ein gute Wehr und Waffen;
Er hilft uns frei aus aller Not,
Die uns jetzt hat betroffen.
Der alt’ böse Feind,
Mit Ernst er’s jetzt meint,
Gross’ Macht und viel List
Sein’ grausam’ Ruestung ist,
Auf Erd’ ist nicht seingleichen.

Mit unsrer Macht is nichts getan,
Wir sind gar bald verloren;
Es steit’t für uns der rechte Mann,
Den Gott hat selbst erkoren.
Fragst du, wer der ist?
Er heisst Jesu Christ,
Der Herr Zebaoth,
Und ist kein andrer Gott,
Das Feld muss er behalten.

Und wenn die Welt voll Teufel wär’
Und wollt’ uns gar verschlingen,
So fürchten wir uns nicht so sehr,
Es soll uns doch gelingen.
Der Fürst dieser Welt,
Wie sau’r er sich stellt,
Tut er uns doch nicht,
Das macht, er ist gericht’t,
Ein Wörtlein kann ihn fällen.

Das Wort sie sollen lassen stahn
Und kein’n Dank dazu haben;
Er ist bei uns wohl auf dem Plan
Mit seinem Geist und Gaben.
Nehmen sie den Leib,
Gut, Ehr’, Kind und Weib:
Lass fahren dahin,
Sie haben’s kein’n Gewinn,
Das Reich muss uns doch bleiben.

“Castelo Forte”

Castelo forte é nosso Deus.
Espada e bom escudo,
Com seu poder defende os seus
Em todo transe agudo.
Com fúria pertinaz
Persegue Satanás,
Com artimanhas tais
E astúcias tão cruéis,
Que iguais não há na terra.

A nossa força nada faz,
Estamos, sim, perdidos;
Mas nosso Deus socorro traz
E somos protegidos.
Defende-nos Jesus,
O que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus;
E, sendo o próprio Deus,
Triunfa na battalha.

Se nos quisessem devorar
Demônios não contados,
Não nos podiam assustar,
Nem somos derrotados.
O grande acusador
Dos servos do Senhor
Já condenado está;
Vencido cairá
Por uma só palavra.

Sim, que a palavra ficará,
Sabemos com certeza,
E nada nos assustará
Com Cristo por defesa.
Se temos de perder
Os filhos, bens, mulher,
Embora a vida vá,
Por nós Jesus está,
E dar-nos-á seu reino.